A solidão

A solidão vem de mansinho,
e quando acode não desculpa,
traz com ela bem juntinho,
um pouco da nossa culpa.

A nostalgia da felicidade,
É fogo que arde mansamente,
È mágoa amarga, é tempestade,
É um contento descontente.

Deixa acontecer o desejo,
Nesse audaz e rubro horizonte,
Com pores-do-sol bem defronte.

Faz da espera um delicioso beijo,
Atenta, que a vida foge, sendo assim,
Canta, dança, como eu o faço em mim.