Enquanto o sol joga às escondidas com a lua
e a chuva bate feita louca nas vidraças,
és tu, animosa, que na minha mente passas,
parando aqui e ali, pra me dizeres: Sou tua!
Falas-me nesse tempo, do que te vai na alma,
dos teus sonhos e desejos embriagantes,
de como gostavas não cometer os erros dantes,
porque estas mais graciosa e calma.
Teus motivos mudaram muito. Tens desejos.
Tens mágoas. Tens solidões, falta de beijos.
E a chuva cai lá fora, deixando os vidros embaciados.
Fustiga-me a mente, como se me dissesse: vai...
…eu ia, mas lá fora a chuva cai.
É tanta a amargura ao cair...reflexo dos meus pecados.